sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Escrita criativa


Tudo se passou há uns tempos atrás. Em família, decidimos fazer um acampamento na Serra do Gerês. Quando chegámos, já noite cerrada, montámos as tendas e instalámo-nos.
A meio da noite, sentimos frio e fizemos uma fogueira. O céu estava limpo. Depois de nos sentirmos melhor, pensámos observar a vida animal nocturna. Com a intenção de nos guiarmos pelo clarão da fogueira, ao regressarmos, afastámo-nos mais do que tínhamos previsto. Reparámos que o céu ia ficando nublado, lentamente. Começou a chover.
Sem nos lembrarmos do regresso, decidimos abrigar-nos numa gruta que avistámos lá perto. Ao entrarmos, sentimos o calor de uma outra fogueira e observámos uma luz, que seguimos, assustadas. Já perto daquela luz, encontrámos três criaturas nada prováveis naquela região. Eram camelos. Ainda mais assustadas, decidimos continuar o caminho, até que encontramos três personagens que tínhamos por ideia já termos visto em imagens de livros infantis.
Lembrámo-nos dos reis magos, que seguiam uma estrela para encontrar o Menino Jesus na época natalícia, após o seu nascimento. Estes encontravam-se desesperados, tocando, impacientemente, nas paredes da gruta.
Confusas com o que víamos, perguntámos:
- O que fazem aqui? Procuram alguma coisa?
Responderam-nos:
- Seguíamos uma estrela para encontrar o estábulo onde nasceu o Menino Jesus, quando o céu ficou nublado e começou a chover. Deixámos de ver a estrela e decidimos abrigar-nos numa gruta. Ao tocarmos numa das paredes, viemos cá parar. Agora estamos a tentar encontrar uma forma de voltar ao nosso tempo.
Percebemos então a situação, e, quando parou de chover, decidimos levá-los para o acampamento. A fogueira que tínhamos feito estava apagada. Como iríamos voltar? Já não nos lembrávamos do caminho de regresso. Seguimos um foco incandescente que se avistava ao longe, percebemos logo que seria no acampamento.
Quando chegámos, as nuvens desapareceram do céu e reparámos que a estrela-guia continuava lá.
- É a nossa estrela! – Exclamaram, espantados, os reis.
Seguindo a estrela voltariam ao seu tempo. Despedimo-nos deles. Seguiram o seu caminho e deitámo-nos, sem que ninguém se tivesse apercebido da nossa aventura. 


        Cláudia e Inês, 8ºA

Sem comentários:

Enviar um comentário